segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Dor, superação e recordes nas Olimpíadas


Apesar de achar as Olímpiadas um grande negócio que se submete a lógica do capital e não fazer parte dos fanáticos por esporte, com toda a exposição que a mídia dá aos jogos, não é possível escapar de ao menos uma espiada nos atletas.
Nesta segunda-feira presenciei algumas imagens que podem entrar para a história dos jogos.
Primeiro a russa Yelena Isinbayeva luta contra sua própria marca, contra seu próprio limite e consegue no salto com vara alcançar a incrível marca de 5,05m. Conseguiu apenas na última tentativa e ao ser questionada sobre qual seria seu limite respondeu: "I have no limit. The sky is my limit." (Eu não tenho limite. O céu é meu limite).
Para quem viu a russa abrir um largo sorriso logo após concluir o salto realmente fica a dúvida: Haverá um limite para Isinbayeva?
Na mesma prova vimos a brasileira Fabiana Murer muito irritada com o sumiço de uma vara sua, justamente a que usaria para saltar os 4,55m, ainda longe de sua melhor marca de 4,80m. Tentou parar a prova, questionou sobre o destino da vara e, após a terceira tentativa frustrada, chorou copiosamente por ficar apenas em décimo lugar. A vara foi encontrada por acaso junto ao material das atletas eliminadas na noite de hoje.
Mas a imagem mais marcante desta segunda-feira foi protagonizada pelo chinês Liu Xiang, atleta que disputava a prova dos 110m com barreiras. O governo chinês já havia dito que qualquer resultado que não fosse a medalha de ouro não seria "tolerado". Visivelmente sem condições devido a uma lesão no pé, o atleta chegou a se aquecer e se posicionar.
No entanto assim que foi dada a largada os torcedores chineses assistiram atônitos o atleta se retirar cabisbaixo. Os chineses se retiraram do estádio juntamente com Liu Xiang que, mancando e abalado, se retirou para os bastidores sem ouro, mas com a certeza de que lutou contra seus próprios limites.

Seja o primeiro a comentar

Postar um comentário

  ©Template by Dicas Blogger.

TOPO