segunda-feira, 20 de abril de 2009

Em época de crise, grandes corporações barram acesso a cultura

The PirateBay Cartoon

Cartoon mostra os “fantasmas” que já rondaram a indústria do entretenimento

De tempos em tempos a indústria cultural procura uma nova ameaça para voltar suas armas. Dois casos recentes ocorridos em diferentes países não deixam dúvida: a nova vítima de sua perseguição é a internet.

Em tempos de crise econômica, quando o dinheiro do trabalhador passa a valer menos, e ele é obrigado a escolher entre “consumir” cultura (sim, a cultura hoje é um produto) ou comida para sobreviver, a internet é a única opção democrática para acesso a cultura e troca de arquivos gratuitamente.

No Brasil, em março, as atividades da comunidade do Orkut Discografias foram encerradas devido as ameaças que os moderadores da comunidade estavam sofrendo pela APCM (Associação Antipirataria de Cinema e Música).

A APCM representa grandes indústrias do entretenimento com lucros gigantescos como Globo, Sony, Warner, Universal, Fox, Disney, entre outras. Os moderadores postavam, gratuitamente e sem lucros, links para álbuns completos de artistas em sites de compartilhamento.

O caso mais emblemático, no entanto, vemda Suécia. É o PirateBay. Depois de derrotarem Napster, Kazaa, LimeWire, eDonkey…os empresários aprenderam como derrotar quem tenta democratizar o acesso cultura. Começa com ameaças, mas, quando a coisa chega aos tribunais geralmente celebra um acordo que põe fim a ameaça. Mas não dessa vez!

Os garotos do PirateBay, mesmo após serem condenados a um ano de prisão afirmaram que o site continuará no ar e que “vão emoldurar e pendurar na parede uma possível multa ao invés de pagá-la”.

Também recentemente houve a mudança na lei da meia-entrada para estudantes. Os estudantes que já tem que amargar um ensino péssimo, a falta de emprego, e todos os demais reflexos da crise econômica, agora não tem mais seu acesso a cultura garantido.

A preocupação dos grandes empresários do ramo da cultura é só uma: garantir que seus lucros permaneçam intocados. Suas mansões, iates, carros de luxo são muito mais importantes que o acesso da população, seu direito, a cultura. E nós? Nada faremos? Afinal se não tomarmos cuidado, em breve postagens como essa não existirão mais também...

2 Comentários:

ivandro disse...

Agora ja faço parte da lista de pessoas que vão prestigiar seu blog,ja vi que o conteúdo e de alta qualidade parabéns.

Bronca no Trombone disse...

O que essa corja quer é um povo dopado (cerveja mais barata que refrigerante só neste país), burro (o ensino é um lixo, até em algumas escolas particulares) e doente (nem é preciso comentar). Só assim eles dominam os mais fracos (a maioria) e deitam e rolam sobre nós. E o que podemos fazer, meros mortais de carne e osso? Nada? É claro que podemos fazer, sim! Nós somos o poder! Esses empresários precisam de NÓS. Se começarmos a boicotar um aqui, outro ali, essa onda muda e vem a nosso favor. O problema é que o brasileiro não é acostumado a lutar (não faço de violência) por seus direitos e topa engolir dezenas de sapos por dia!
Dei, no meu blog, um aviso para o povo parar de comprar leite ao preço que está: R$ 3,00 ou mais. Não podemos permitir isso, senão, amanhã, vai estar R$ 4,00, R$ 5,00 o litro, pois eles vão aumentando o preço e testando a nossa resistência. Então, o negócio mais pacífico que existe e mais eficiente é o BOICOTE.
Querem transformar em criminosos os pobres coitados, como eu, que baixam um e-book para ter mais cultura, já que o que eu ganho não dá para comprar o livro na livraria. E pela Constituição (dá vontade de rir), nós temos direito à cultura, ao lazer, à saúde e... somos todos iguais perante a Lei. Será?

Excelente post!

Abraços,

André

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